Anarchy reigns

Fonte: UOL Jogos

CONSIDERAÇÕES

Criação da Platinum Games, "Anarchy Reigns" é um jogo de ação e pancadaria bem diferente de "Bayonetta", do mesmo estúdio. O jogo remete aos "beat'n ups" mais antigos, como "Streets of Rage", mas em 3D - a comparação com "God Hand" (PS2) é inevitável. Porém, o game da Platinum aposta em um universo ainda mais surreal, com personagens exagerados, robôs e o caos generalizado em suas ruas.

O conceito parece muito divertido, mas na prática, "Anarchy Reigns" derrapa em quesitos básicos, entregando muito pouco para entreter o jogador: a mecânica simples é rápida de se dominar, a campanha solo é curta e serve apenas para liberar personagens para o multiplayer, ponto forte do jogo. Porém, a ausência de um modo multiplayer local, em tela dividida, impede que mais pessoas apreciem a diversão que o jogo da Sega é capaz de proporcionar.

"Anarchy Reigns" é uma oportunidade perdida, abaixo do padrão de qualidade visto em outros jogos da Platinum, como "Vanquish" e "Bayonetta". O jogo parece apontar o caminho certo para um retorno dos "beat'n up" em 3D, mas ao menos dessa vez, o potencial não foi realizado.

INTRODUÇÃO

Ambientado no mesmo mundo insano de "Mad World", game 'cult' do Wii, "Anarchy Reigns" traz de volta o grandalhão Jack, agora em cores e alta definição. Ele é um caçador de recompensas em busca de um contrato valioso. Além de Jack, outro grupo busca o mesmo criminoso - entre eles está Leo, o segundo protagonista. Suas histórias se cruzam em alguns momentos, mas para entender a trama por completo e liberar todos os personagens, é preciso jogar as campanhas de ambos.

"Anarchy Reigns" traz um forte elemento multiplayer, com 13 modalidades de jogo diferentes e muitos personagens - são 18 guerreiros diferentes, cada um com golpes distintos. Até 16 jogadores se enfrentam nas partidas online, que contam com sistemas de ranking e evolução. "Anarchy Reigns" consegue entreter, mas é preciso se esforçar para encontrar a diversão.

PONTOS POSITIVOS:

Multiplayer caótico e divertido
"Anarchy Reigns" traz 13 modalidades multiplayer, que incluem desde pancadaria generalizada até variações de rouba-bandeira, entre outras opções. Você escolhe entre os personagens liberados ao longo da campanha solo e parte para ação, em partidas para até 16 jogadores.

As arenas exploram o cenário da campanha solo e trazem eventos aleatórios como bombardeios, caminhões atravessando o estágio e atropelando quem aparecer pelo caminho para movimentar as coisas e impedir que todos os jogadores fiquem muito tempo no mesmo local, trocando socos e pontapés.

As arenas possuem vários níveis, que podem ser alcançados saltando em dutos de ar ou pegando carona em elevadores. Quando gases venenosos se espalham pelo chão, é divertido ver todos os jogadores pulando para os apertados terraços da arena - e lutando para derrubar os oponentes lá de cima.

O sistema simplório de combate faz sentido nas partidas multiplayer: ao não tornar o jogador dependente de combos complexos e contagens de quadros, "Anarchy Reigns" não se torna refém de quedas de conexão ou da internet precária que pode afetar algum dos participantes.
Missões extras e chefões
A campanha solo de "Anarchy Reigns" é pontuada por missões extras, como escoltar um robô de volta para o bar, detonar 100 inimigos dentro de um limite de tempo e por aí vái. Essas missões são divertidas e variadas e podem ser jogadas seguidas vezes, em busca de pontuações melhores.

Outro destaque da campanha são os vários chefões que você encontra pelo caminho, sempre exagerados e que rendem batalhas empolgantes, em arenas criativas - seja numa refinaria cercada por metal derretido ou correndo para evitar um bombardeio no meio da cidade. O jogo leva a anarquia do título à sério e com isso, gera situações divertidas - que são melhor exploradas nas partidas multiplayer.

Claro, cada chefão pode ser utilizado depois no multiplayer, permitindo brincar com seus golpes e armas especiais. O visual desses personagens - assim como Jack e Leo - é bem trabalhado, ao contrário dos inimigos comuns. As lutas contra chefes e as missões extras são embaladas por uma trilha sonora eletronica que combina bem com o ritmo frenético da ação.

PONTOS NEGATIVOS:

Campanha curta demais
"Anarchy Reigns" tem uma campanha solo bem simples e curtinha, que parece estar ali apenas por protocolo, para ensinar os comandos e desbloquear os diversos personagens do modo multiplayer. Mesmo jogando as duas campanhas - do grandalhão Jack e do ágil Leonhardt - você chegará ao fim em poucas horas.

A campanha é pontuada por missões extras, que rendem momentos de diversão e podem ser jogadas várias vezes em busca de uma pontuação melhor. Infelizmente, a mecânica de jogo é superficial demais para estimular o jogador por muito mais tempo. No fim, a campanha solo é apenas um aperitivo para o multiplayer de "Anarchy Reigns".
Mecânica superficial
Ao contrário de "Bayonetta" ou do recente "DmC", os combates de "Anarchy Reigns" são simples e superficiais, sem grandes combos para aprender ou técnicas complexas que exigem apertar botões com agilidade sobrehumana.

Os personagens possuem um conjunto limitado de golpes: ataque leve, ataque forte e agarrão. O golpe forte serve também para erguer o oponente no ar e há algumas variações do agarrão quando você pega o adversário pelas costas ou no chão. Por fim, algumas sequências fáceis resultam em combos e outras combinações - como correr e golpear - geram voadoras e golpes do tipo.

Conforme espanca inimigos, você carrega uma barra de especial, que ao ser ativada, permite golpear um adversário loucamente, distribuindo socos automáticos como se não houvesse amanhã. Quando o rival pode fazer o mesmo, ganha a disputa quem esmagar os botões indicados mais rapidamente.

Há também um golpe especial que consome energia vital do lutador - exatamente como em jogos de pancadaria de antigamente, como "Final Fight" ou "Double Dragon". Outro movimento especial utiliza uma arma, como a motoserra de Jack, por exemplo. Para completar, você pode utilziar objetos do cenário como armas, assim como alguns veículos, por um curto período de tempo.

A falta de combos mais complexos ou de golpes adicionais, liberado conforme o jogador progride na campanha, tornam o aprendizado bem rápido e infelizmente, deixam o jogo simples demais, incapaz de prender o interesse do jogador por muito tempo.
Sem multiplayer local
A pancadaria generalizada do modo multiplayer é, sem dúvida, o ponto alto de "Anarchy Reigns". Porém, você só pode encarar a modalidade em partidas online. A ausência de suporte para vários jogadores no mesmo console é um desserviço ao que o jogo oferece de melhor.
Você pode mostrar o game para um amigo, até revezar a vez no controle em cada partida, mas não podem jogar juntos em casa.

Não seria o caso de uma campanha cooperativa, mas de permitir que os jogadores lutassem com amigos, em tela dividida, nas imensas arenas de "Anarchy Reigns" - ou, como tantos jogos permitem atualmente, deixar que mais de um jogador entre nas partidas online pelo mesmo console.

É a Sega é foda,deixar um game desses pra trás e lança-lo agora,no meio de um turbilhão de lançamentos como Dmc e MGR,isso definitivamente não foi uma grande ideia para eles,um game excelente de luta,mistura de uma infinidade de habilidades e cheio de estilo.

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Ai deus,cada uma viu.......